Audição do bebê: os cuidados com barulhos e o volume dos sons
Ainda no interior do útero materno, a criança já consegue ouvir sons e, inclusive, ficar mais agitada ou mais tranquila, dependendo do nível de exposição ao barulho. Estudos já comprovaram que, ao escutar a voz dos pais, o bebê acalma, enquanto estar em ambiente agitado e barulhento tem o efeito contrário.
Depois de alguns meses do nascimento é comum ouvir o relato de alguns pais, acostumados à agitação de festas, shows, bares e até reuniões frequentes com os amigos em casa, questionarem sobre a possibilidade de voltar a essa rotina e inserir a criança nestes ambientes, o que formalmente contraindico.
O ouvido interno do bebê tem células ciliadas (receptores sensoriais) que sofrem com o ruído excessivo, podendo até vir a sofrer danos irreversíveis. Portanto, até os dois anos de idade recomendo passeios mais tranquilos e que fujam da agitação a que os pais estavam acostumados.
Nos primeiros meses de vida é importante mudar um pouco a rotina, com diminuição das visitas em casa, evitando músicas altas e barulhentas, assim como televisão no último volume ou mesmo expor o pequeno a shows, festas, carnaval e outros ambientes em que sua audição pode ser prejudicada.
Contudo, o ambiente também não precisa ser absolutamente silencioso, pois isso não é benéfico para a criança, que precisa, por meio do som, interpretar e entender as dinâmicas ao seu redor. O alerta aqui é sobre excesso e exposição contínua a barulhos e sons que podem ser muito agressivos ao recém-chegado.
A preservação da audição é de extrema importância porque será por meio de uma boa audição que a criança fará conexões associativas das palavras, ocorrendo a partir dos sete meses de idade, e assim assimilar as primeiras palavras como "sim", "não", "papai" e "mamãe".
Portanto, sugiro que os pais encontrem o meio termo –para que a criança se acostume com o novo mundo –, sem se esquecer do quão frágeis os pequenos são, e avaliem os lugares que escolhem para passear, evitando problemas futuros.
Teste da orelhinha
Ainda na maternidade, o teste da orelhinha é realizado para avaliar a audição e detectar, precocemente, algum grau de surdez no bebê. O teste é obrigatório por lei aprovada em 2010, pelo Ministério da Saúde, sendo gratuito e indolor. É válido ressaltar que perdas auditivas podem ocorrer em qualquer fase da vida, sendo por isso importantíssima a necessidade de preservar a saúde dos ouvidos.
Até a próxima,
Dr. Sylvio Renan Monteiro de Barros
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