Carnaval: como garantir que a folia da criançada seja segura e saudável?
O Carnaval já começou! Alguns blocos de rua já estão pulando sem parar. E assim será até a chegada da terça-feira de Carnaval – se não mais, como em Salvador, onde a festa é prolongada. E é também um momento importante para transmitirmos mais cultura para nossos filhos, que são naturalmente estimulados a participar dessa grande festa do brincar, do socializar-se e descontrair-se.
No entanto, como pediatra, aconselho aos pais tomarem cuidados durante a folia, evitando aborrecimentos (brigas) durante o Carnaval, com atenção especial para a hidratação das crianças. Mesmo em meio à crise hídrica, que atinge diversas cidades, sobretudo no Sudeste, este item deve ser obrigatório ao sair para folia.
Pensando nisso, separei algumas dicas que ajudarão pais e filhos a aproveitarem a festa sem sustos.
– Bebês devem frequentar bailes/festas de Carnaval? Crianças muito pequenas não possuem o sistema imunológico totalmente desenvolvido, facilitando a contaminação por vírus e bactérias potencialmente presentes em locais de aglomerações. Além disso, a festa pode contribuir para que o pequeno se excite excessivamente, com consequências como insônia, pesadelos, falso terror noturno, entre outros.
– Segurança: leve seu filho ao local do baile/festa ou no bloco ou no Sambódromo com uma pulseira de identificação, onde conste o seu nome completo ou do responsável que esteja presente no local, além de telefone celular do adulto. Este procedimento simples dará mais liberdade para o seu baixinho e mais tranquilidade para você. Além disso, as brincadeiras durante o período do carnaval são uma atividade física saudável como todas as outras, mas, quando ocorrem abusos, podem provocar agravos de leve a graves, devendo então ser sempre monitorizadas pelos pais ou acompanhantes da criança, respeitando o limite de cada uma.
– Hidratação: Lembre-se que o Carnaval ocorre em pleno verão brasileiro, com dias quentes e úmidos, que aumentam a sudorese e o risco de desidratação. Não se esqueça de que qualquer atividade física deve ser moderada nesta situação, pelo risco de desidratação, quedas de pressão arterial, entre outros problemas. Assim, é preciso que a criança, ao cair na folia, seja orientada para ingerir bastante líquido, de preferência água, e com frequência. Quando em local aberto (praias, ruas, sambódromos, etc.), deve-se passar protetor solar e, mesmo com seu uso, evite a permanência por tempo prolongado sob o sol, principalmente no período entre às 10 e 16 horas.
– Roupas: Escolha roupas ou fantasias leves, de cores claras, folgadas no corpo e que permitam a circulação do ar e camisetas de tecidos que drenam o suor para o lado externo da roupa, permitindo uma melhor eliminação do suor e facilitando o refrescamento do corpo.
– Sem exageros: evite também que as fantasias sejam acompanhadas de brinquedos, como armas (revólveres, espadas, etc.), que além de servirem como apologias à violência, podem provocar acidentes. Cuidados também com máscaras que, quando deslocadas, podem dificultar a respiração da criança. Pinturas devem ser feitas com tintas naturais, neutras, e de fácil eliminação, evitando-se as regiões próximas aos olhos e à boca.
– Barulho: atenção ao nível do barulho e do som a que vai expor a criança. Quando exagerados podem contribuir para problemas de audição.
– Bebidas: crianças maiores (pré-adolescentes e adolescentes) devem ser muito bem orientadas a NÃO ingerir bebidas alcoólicas, não aceitar nada oferecido por estranhos e procurar por você ou por uma autoridade policial diante qualquer suspeita de assédio.
– Limite de faixa etária: bailes e festas de salão costumam ser realizadas para faixas etárias definidas. Respeite estas divisões, não permitindo que seu filho vá a festas de outra faixa etária, seja ela para crianças mais velhas ou mais novas.
Seguindo essas dicas bem simples, você pai/mãe garantirá a folia dos baixinhos e a sua tranquilidade.
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