pediatria – Blog do Pediatra http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br O objetivo deste blog é fornecer informações básicas relacionadas à área da pediatria. Sun, 22 Sep 2019 14:27:38 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Carnaval em casa garante segurança e diversão para as crianças http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/2018/02/11/carnaval-em-casa-garante-seguranca-e-diversao-para-as-criancas/ http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/2018/02/11/carnaval-em-casa-garante-seguranca-e-diversao-para-as-criancas/#respond Sun, 11 Feb 2018 13:00:28 +0000 http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/?p=620

O Carnaval chegou e os pequenos foliões dominam o cenário de diversão e alegria, seja pelas fantasias fofas, seja pela simples satisfação em presenciar a alegria naqueles pequenos e curiosos olhinhos. A cada ano aumenta a quantidade de blocos infantis que vão às ruas, assim como o número de carnavalescos mirins que esperam ansiosamente pela festa e diversão.

No entanto, muitos pais ainda temem levar seus filhos a locais públicos e optam por realizar bailes carnavalescos em suas próprias casas – contando com a ajuda especial da criança na preparação/decoração, que é uma ótima forma de manter a boa relação entre ambos.

Organizar tudo em casa tem a proposta de juntar a turminha toda e fazer a bagunça de maneira divertida e segura, seja no salão de festas do condomínio, no quintal de casa ou até mesmo na sala de estar! Sempre oriento que, com os devidos cuidados, os bebês e as crianças podem e devem celebrar a folia do Carnaval, mas claro, com cautela. Por isso, listei algumas dicas para garantir que a festa seja só alegria:

Alimentação

Opte pelo preparo de alimentos leves, pois os foliões vão pular bastante. Ofereça opções de lanches saudáveis, frutas, sucos e muita água para hidratar. Toda festa de criança tem doces e bolos, portanto sugiro que deixem estas guloseimas para quando todos já estiverem um pouco cansados e no fim do evento. Importante: para os bebês é recomendado apenas papinhas (legumes ou frutas) oferecido com, pelo menos, meia hora de antecedência do baile para evitar cólicas por má digestão ou enjoos.

>Folia na Rua: não se esqueça de levar água fresca e comidinhas leves e caseiras – evite alimentos preparados e oferecidos.

Vestimenta

A escolha da fantasia fica por conta do pequeno. Afinal o baile é dele! Mas certifique-se que o tecido seja leve devido ao calor excessivo da época. Como a festa é em casa garanta que o ambiente esteja fresco – por ventiladores, janelas abertas ou ar-condicionado. Fique em alerta se o seu filho apresentar qualquer irritação com a roupinha, como suor excessivo ou xixi.

>Folia na Rua: não se esqueça de vestir a criança com roupas leves, frescas e sem muitos adereços que possam causar peso no corpo ou mais calor. Leve uma troca de roupa limpa para quando a festa acabar.

Proteção ao sol e dos mosquitos

De acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria, o uso de repelentes e protetores solares só está liberado a partir dos 2 anos de idade e com produtos que apresentem fórmulas específicas para crianças. Por isso, é importante seguir a recomendação do pediatra antes da compra e o uso destes.

>Folia na Rua: além de protetor solar e repelente (se for o caso), o uso de bonés e chapéus são recomendados para reforçar a proteção. Escolha os horários em que o sol está mais fraco e propício para a exposição de bebês e crianças.

Segurança no ambiente

Escolha um ambiente com ótimo espaço para as crianças se movimentarem, mas que não seja muito grande a ponto de se perder o controle delas. Afaste os móveis que possam representar perigo e mantenha as escadas e rampas bloqueadas.

>Folia na Rua: importante que as crianças utilizem pulseiras de identificação no caso de se perderem. Também escolha locais mais tranquilos e vazios para curtir a festa. Evite grandes aglomerações.

Decoração

Antes de escolher quais objetos e adereços vão enfeitar o baile, vale relembrar a idade de todos os convidados. Um exemplo são as crianças que estão entre o primeiro e o terceiro ano de idade, que levam tudo a boca e podem se engasgar. Se a festa também receber foliões desta faixa etária cabe repensar e/ou se atentar à confetes e enfeites menores.

>Folia na Rua: Aqueles que já passaram desta fase e que adoram brincar com sprays de espumas, vale ler o rótulo das embalagens e se informar sobre os componentes do produto porque muitos são inflamáveis e podem causar alergias.

Música

Uma das vantagens em fazer o bailinho em casa é que os pais controlam diretamente o volume do som e garantem o conforto aos filhos. Não deixe as crianças próximas às caixas de som ou o ambiente com volume muito alto, pois podem provocar lesões nos ouvidos. Monte a playlist de músicas junto aos seus pequenos para que a festa seja alegre e do gosto dele e de todos daquela faixa etária.

>Folia na Rua: não permaneça em locais com música alta, pois afeta diretamente a audição de bebês e crianças que ainda estão em desenvolvimento.

Com esses cuidados e muita criatividade, o Carnaval em casa não perderá em nenhum quesito para os bloquinhos de rua e assim a festa está garantida, com segurança e saúde, para pais e filhos. Até a próxima!

]]>
0
Introdução alimentar:como iniciar de maneira saudável e sem traumas ao bebê http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/2018/01/28/introducao-alimentarcomo-iniciar-de-maneira-saudavel-e-sem-traumas-ao-bebe/ http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/2018/01/28/introducao-alimentarcomo-iniciar-de-maneira-saudavel-e-sem-traumas-ao-bebe/#respond Sun, 28 Jan 2018 06:00:27 +0000 http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/?p=611
A Organização Mundial de Saúde (OMS) estabelece que os bebês devem ser amamentados, de maneira única e exclusiva, através do aleitamento materno até complementarem os seis meses de idade – inclusive sem água ou chás. Pois, o leite da mãe é um alimento completo para o desenvolvimento, hidratação e fortalecimento do sistema imunológico do bebê. Após este ciclo é chegado o momento de introduzir à rotina de seu filho alguns alimentos.

Confira abaixo as dicas que separei para esta fase, tão importante para os bebês quanto para os pais, que em alguns casos se sentem perdidos em relação ao que pode ser oferecido.

TRANSIÇÃO
Como mencionei acima a oferta do alimento começa após os seis meses de vida do bebê e, claro, sempre com a orientação do médico pediatra. Contudo, no começo pode ser um pouco complicado e a criança pode até fazer cara de quem não gostou, mas é natural já que o único sabor conhecido era o do leite materno. Eles também podem estranhar a nova maneira de se alimentar, pois estavam acostumados à sucção com posterior deglutição e não à deglutição após mastigação. Importante ressaltar: mães que não puderam amamentar por muito tempo podem iniciar a introdução alimentar ao quarto mês, desde que seja com a supervisão e a orientação do pediatra – que deve adequar a dieta para o desenvolvimento pleno da criança.

O QUE OFERECER
Comece com sucos de frutas, que são adocicados e mais fáceis de serem aceitos, evoluindo aos poucos e com variedades para as papinhas de frutas, legumes e verduras. Nesta fase são indicados sucos com apenas uma fruta, sendo laranja-lima, maçã, pera, mamão e goiaba os mais bem aceitos. É importante preparar a bebida até no máximo 15 minutos antes do consumo, para que não se percam as vitaminas e minerais.

APETITE
Dúvidas se o seu filho ficará plenamente satisfeito? Fique tranquila, o apetite da criança vai ser diferente em cada refeição e, por isso, minha sugestão é prestar atenção em sinais como, pedir por mais comida ou a recusa às colheradas de papinha e assim respeitar sua vontade.

REJEIÇÃO
A rejeição pode vir com o estranhamento, como já expliquei acima, ou ainda porque o bebê está com sono, cólica ou fralda suja. Esses são alguns dos fatores que podem contribuir para irritá-lo, tornando dessa forma o momento da papinha mais estressante. Os pais devem se certificar que a criança esteja confortável e, se mesmo assim houver a rejeição ao alimento, insistir algumas vezes na oferta. Indico que os pais revezem o alimento rejeitado de início com outros que tenham sido mais bem aceitos.

EXEMPLO À MESA
Crianças observam e reproduzem o comportamento dos pais, e de toda a família, por isso é importante que durante o desenvolvimento infantil os pais ensinem que a hora da refeição tem que ser respeitada e feita junto à família. Não utilizem aparelhos eletrônicos nestes momentos para que seus filhos não façam o mesmo, e assim entendam que essa hora é de união e de extrema importância, porque nada toma a atenção dos pais que não a própria família.

SEM AMEAÇAS
Dos avós para os pais e dos pais para os filhos, ameaças à mesa como: “ou come tudo ou não sai da mesa”, “só ganha a sobremesa se raspar o prato” e “se não comer tudo, não vai mais brincar” – são bem comuns. No entanto, gosto de frisar que nenhuma relação de imposição ou mesmo a associação negativa será frutífera em longo prazo, e ainda, podem ser a causa de muitas birras e discussões futuras. A dica é, em casos de recusa, tentar usar a indiferença. Retire o prato e encurte o tempo da próxima refeição, além de observar se a quantidade de comida que você ofereceu não foi maior que o necessário.

Para encerrarmos este assunto, gostaria de alertar sobre os altos índices de sobrepeso e obesidade infantil, no Brasil e no mundo, e recomendar aos pais que ainda não adotaram uma alimentação saudável, para si próprios, vale o esforço em mudar os hábitos – uma vez que a criança copiará o “desejo” de comer o mesmo alimento que os pais. Cada bebê merece atenção e cuidados exclusivos e sob qualquer comportamento incomum os pais devem procurar o médico pediatra.


Até a próxima,
Dr. Sylvio Renan Monteiro de Barros       

 

]]>
0
Febre Amarela: Vacinação e Prevenção no combate à doença http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/2018/01/14/febre-amarela-vacinacao-e-prevencao-no-combate-a-doenca/ http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/2018/01/14/febre-amarela-vacinacao-e-prevencao-no-combate-a-doenca/#respond Sun, 14 Jan 2018 03:00:53 +0000 http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/?p=601 Com o avanço da febre amarela silvestre, principalmente em cidades urbanas da Região Sudeste, o Ministério da Saúde iniciará em fevereiro a campanha de vacinação. Em alguns estados a vacina será fracionada, com imunização válida por 8 anos.

A situação traz algumas preocupações aos pais sobre a melhor maneira de proteger seus filhos e, apesar do cenário ser crítico, não há motivo para desespero. De maneira rápida, tentarei explicar sobre a doença e como ela pode ser prevenida:

Estamos diante de quadro de febre amarela silvestre, em que primatas são os principais hospedeiros do vírus, assim como a espécie humana. A transmissão da febre amarela silvestre (que estamos enfrentando atualmente) é provocada pelos mosquitos Haemagogus e Sabethes, ao contrário da febre amarela urbana (que não existe no Brasil há décadas), que é transmitida pelo Aedes aegypti (o mesmo da dengue).

Os sintomas são divididos em três fases:

Primeira fase: duração média de três dias, em que o paciente sentirá dores de cabeça, febre baixa, fraqueza, vômitos e dores pelo corpo.

Segunda fase: sensação de melhora e diminuição dos sintomas, que dura cerca de 24 horas.

Terceira fase: período de febre alta, pele amarelada (icterícia), vômitos, seguidos de sangue, complicações no fígado e rins, entre outros sintomas.

Cabe realçar que há inclusive risco de vida, como em casos já noticiados pela mídia.

Ao sinal dos primeiros sintomas, sempre procure um médico.
Os cuidados com a saúde das crianças, assim como os adultos, através da vacinação são sempre de extrema importância para a prevenção de doenças, como atualmente no caso da febre amarela. A vacina é recomendada a partir dos 9 meses até adultos e idosos ante de completar 60 anos. Não é recomendável a pessoas com alergia grave a gema de ovo e seus derivados. Para bebês menores de 9 meses e adultos acima dos 59 que residirem ou planejarem viajar a regiões de riscos, os casos deverão ser analisados por médicos, pediatras e/ou profissionais da área da saúde.

A imunização poderá ser feita por meio da Campanha Nacional de Vacinação ou em clínicas particulares. Converse sempre com o pediatra de sua confiança e, se houver manifestação dos sintomas relatados acima, procure um atendimento médico próximo o mais rápido possível.

Dados do Ministério da Saúde apontam que a vacina contra a febre amarela tem eficácia entre 95 a 98%. Em áreas urbanas, o principal transmissor é o Aedes Aegypti. Por isso, lembre-se também de outros modos de prevenção, tal como para os casos de dengue, como evitar água parada em recipientes destampados (com vasos de plantas). Isso ajuda a prevenir seu filho, você, seus familiares e a sociedade como um todo.

Até a próxima!
Dr. Sylvio Renan Monteiro De Barros

 

]]>
0
Colar de âmbar ajuda a aliviar as dores do bebê? http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/2017/12/10/colar-de-ambar-ajuda-a-aliviar-as-dores-do-bebe/ http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/2017/12/10/colar-de-ambar-ajuda-a-aliviar-as-dores-do-bebe/#respond Sun, 10 Dec 2017 06:10:02 +0000 http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/?p=573

É cada vez mais comum bebês usarem o colar de âmbar para amenizar dores indesejáveis, pois se acredita que as pedras tenham funções analgésicas e anti-inflamatórias naturais, que atuam no alívio das dores – como as conhecidas cólicas que tiram o sono dos pequenos. Mas, será que o uso do objeto tem mesmo fundamento ou é apenas uma moda passageira?

Alguns estudos apontam os benefícios do colar, uma vez que o ácido succínico é liberado minimamente pelas pedras, agindo diretamente no organismo do bebê, estimulando assim o sistema nervoso e contribuindo para a melhora do metabolismo – além de acalmar dores e incômodos na fase do desmame e da dentição.

Ainda não há comprovações científicas que atestem esse parecer, e eu, como pediatra, não descredito a experiência de mães e pais que tiveram bons resultados com práticas naturais de conforto para seus filhos, pelo contrário, a ideia é desenvolver, juntos, a melhor maneira de promover a saúde e o conforto da criança.

Se a intenção é melhorar o metabolismo da criança o mais indicado, sob a linha natural de cuidado, é a alimentação orgânica, balanceada e adequada para o indivíduo em desenvolvimento. Para o comportamento de ansiedade e irritabilidade é sempre coerente analisar, primeiramente, como está o ambiente da criança, porquê de nada adiantará o uso do colar ou colocar música relaxante para dormir se os pais estiverem em desarmonia; é como eu sempre digo, criança vê, criança sente.

Além disso, banhos mornos acompanhados do carinho e companhia dos pais promovem a calma mesmo quando a criança estiver agitada, sendo o melhor remédio e sem risco algum a saúde do pequeno.

Até a próxima,
Dr. Sylvio Renan Monteio de Barros

]]>
0
Quanto meu filho vai crescer? É possível descobrir com um cálculo simples http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/2017/11/25/quanto-meu-filho-vai-crescer-e-possivel-descobrir-com-um-calculo-simples/ http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/2017/11/25/quanto-meu-filho-vai-crescer-e-possivel-descobrir-com-um-calculo-simples/#respond Sat, 25 Nov 2017 06:00:52 +0000 http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/?p=548

Crédito: Canva

Uma das principais preocupações que afligem os pais e também os adolescentes está relacionada à altura. Esta apreensão é normal, principalmente entre os meninos que propagam a imagem de que homem tem que ter músculos, ser alto e atleta.

Porém, antes de tudo, é preciso entender que uma estatura baixa ou alta de uma pessoa é causada por variantes de um padrão de crescimento normal, influenciada pela genética, porém uma patologia pode influenciar na altura.

O pediatra tem papel fundamental na identificação de crianças com crescimento anormal. Além de ter documentado a altura e peso dos pais, acompanhar e registrar através de um gráfico de crescimento, as medidas do paciente ao longo do tempo, pois são estas medidas que servem de base para o diagnóstico de anormalidades

A altura de um indivíduo adulto é determinada geneticamente e, para se ter uma ideia da altura deste baixinho na fase adulta, baseada na altura dos seus pais, calcula-se, para as meninas, a média entre a estatura do pai menos 13 cm e a estatura da mãe. Já nos meninos, a fórmula se dá pela média entre a estatura da mãe mais 13 cm e a estatura do pai”. (ver dados abaixo)

Cálculo da altura (cm):                                                                                           
MENINO = [altura paterna + altura materna + 13] ÷ 2
MENINA = [(altura paterna – 13) + altura materna] ÷ 2

Exemplo:                                                                                                                           
Cálculos da estatura parental média de um filho e uma filha de pais com as seguintes estaturas: o pai tem 172,72 cm, e a mãe tem 157,48 cm

Filho: [172,72 cm + 157,48 cm + 13 cm]/2 = 171,6 cm
Filha: [(172,72 cm – 13 cm) + 157,48 cm]/2 = 158,6 cm

*Dados do American Family Physician – 2008

No entanto, é preciso considerar que quanto mais precoce o início da puberdade de uma pessoa, menor será sua estatura final e, inversamente, quanto mais tardia, maior será seu crescimento. Dificilmente uma criança de pais e avós com estaturas pequenas, terá uma altura muito superior que a de seus ascendentes.Outra dúvida frequente está relacionada à taxa de crescimento com a puberdade, um período da adolescência com duração de dois a quatro anos, caracterizada por transformações biológicas, físicas e psíquicas. É nesta fase que acontece o crescimento esquelético linear, a alteração da forma e composição corporal, o desenvolvimento de órgãos, e mudanças no sistema reprodutivo sexual.

E como descobrir se há um déficit no crescimento de uma criança? Para fazer esta avaliação é necessário saber, antes de tudo e com precisão a altura, o peso e a maturação sexual. Este processo será mais bem alinhado com o acompanhamento do pediatra, que poderá avaliar se há ou não deficiência na curva de crescimento.

Não há motivos para pânico e alarde se o seu filho é baixinho. O processo de crescimento é relativo de criança para criança, e envolve estudo particular de caso a caso. Lembre-se, qualquer dúvida ou alerta de que algo está errado, converse abertamente com o médico pediatra do seu filho.

Até a próxima,
Dr. Sylvio Renan Monteiro de Barros

]]>
0
Por que o movimento ‘antivacina’ não é benéfico? http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/2017/10/24/por-que-o-movimento-antivacina-nao-e-benefico/ http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/2017/10/24/por-que-o-movimento-antivacina-nao-e-benefico/#respond Tue, 24 Oct 2017 20:31:38 +0000 http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/?p=537

Por que o movimento ‘antivacina’ não é benéfico?

Um caso nos Estados Unidos vem chamando a atenção de todo o mundo, após uma mãe descumprir a ordem judicial que ordenava a vacinação do filho de 9 anos de idade. A história repercutiu não só na mídia norte-americana, como no resto do mundo e mais uma vez trouxe questionamentos sobre os benefícios e consequências desta prática.

Leia a matéria completa sobre o caso Rebecca Bredow: https://goo.gl/adCL6h

Em mais de 30 anos de pediatria, nunca encontrei respaldo médico no movimento “antivacina”, pois todas as pesquisas científicas e com base em testes contínuos, apontam as vacinas como o meio mais eficiente na produção de anticorpos para doenças letais na infância, adolescência e vida adulta.

No Brasil, a vacinação do calendário regular é definida pelo Ministério da Saúde e é obrigatória, por isso pais ou cuidadores que se opuserem a vacinar seus filhos, sem a demonstração de laudo médico com a contraindicação dessas vacinas, podem ser penalizados judicialmente por o cometerem infração contra a saúde pública.

Sempre lembro aos pais que a vacinação vai além de um gesto individual para prevenir doenças em seus filhos, sendo uma contribuição social para manter erradicadas as doenças que são fatais e altamente epidêmicas como a varíola e o sarampo.

A Organização Mundial da Saúde recomenda que a cobertura vacinal de um país seja de 95% da população, no entanto, a cobertura no Brasil diminuiu para 84% da população, nos últimos 12 anos. Situação está que põe em risco, principalmente, as crianças com organismo menos maduro para responder e sobreviver às infecções externas.

Aos pais e cuidadores que ainda tem dúvidas do que são feitas as vacinas e qual a finalidade, explico que são substâncias biológicas que contém patógenos, ou seja, agentes das doenças, vírus ou bactérias, em quantidades mínimas, que são depositados no organismo e fazem com que sejam produzidos anticorpos para a referida doença. No caso da criança ser infectada com algum desses patógenos, o organismo “se lembrará” da defesa que deve criar e assim proteger o corpo acometido.

Há ainda quem diga que o filho “ficou doente depois da vacina” e no consultório eu sempre alerto os pais de que é comum as crianças mais sensíveis esboçarem alguma reação após a injeção ou a gotinha, mas isso nada mais é que o organismo reagindo contra o patógeno que foi inserido.

Outro alerta recorrente em minhas consultas é que, mesmo no período da campanha de vacinação, se a criança estiver doente não deve ser vacinada. Pois, o sistema imunológico estará trabalhando para eliminar a doença e sobrecarregá-lo com mais agentes infecciosos, mesmo que minimamente, poderá agravar o primeiro quadro e assim gerar complicações.

A vacinação ainda é o método mais confiável, até hoje, para prevenir doenças letais e paralisantes do nascimento até a terceira idade; foi e ainda é largamente testado pela comunidade cientifica e já livrou o mundo de doenças cruéis como a poliomielite e fatais como sarampo e catapora.

Saiba mais sobre a vacinação em meu site: http://www.mbapediatria.com.br/vacinação

 

Abraços,
Dr. Sylvio Renan

]]>
0
Aprenda a manter seu bebê aquecido, seguro e saudável durante o inverno http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/2017/07/11/aprenda-a-manter-seu-bebe-aquecido-seguro-e-saudavel-durante-o-inverno/ http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/2017/07/11/aprenda-a-manter-seu-bebe-aquecido-seguro-e-saudavel-durante-o-inverno/#respond Tue, 11 Jul 2017 16:12:04 +0000 http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/?p=499

O inverno mal começou e as dúvidas e preocupações com febre, gripe, resfriado, conjuntivite, dor de garganta e uma série de viroses respiratórias já é rotina para os pais. Geralmente, as temperaturas mais baixas indicam uma supervalorização da fragilidade dos pequenos a essas doenças e, para ajudar os pais, separei algumas dicas de cuidados que vão desde a roupinha até a alimentação mais adequada durante as baixas temperaturas:

1 – Manter o nariz limpo – Bebês com menos de 1 ano de idade tendem a respirar quase que exclusivamente pelo nariz e, por isso, é importante mantê-lo sempre limpo. O uso de soro fisiológico para a limpeza evita a desidratação e a formação de crostas no canal, além de impedir que agentes infecciosos que estão no ar entrem em contato com a mucosa e o organismo da criança.

2 – Banho do bebê – Nos dias mais frios, por mais que os pais queiram manter os bebês quentinhos, o banho não deve durar mais que 10 minutos e a temperatura da água não pode ultrapassar os 37°C; tudo isso para evitar o resfriamento do corpo do bebê e assim, os resfriados.

Ao preparar o banho, a dica é que os adultos pré-aqueçam o ambiente e mantenham portas e janelas fechadas, evitando correntes de ar. Deixem também a troca de roupa bem próxima para que o bebê não circule pela casa sem estar devidamente agasalhado.

3 – Como vestir o bebê – É importante que os pais fiquem atentos a escolha da roupinha, porque os pequenos transpiram bastante e a quantidade de roupa pode incomodá-los, tanto por estarem com calor como com frio. Às vezes, a irritação e o choro sem motivo aparente têm apenas uma causa: o excesso de roupas.

Na hora de dormir, mesmo sendo genuína a preocupação em agasalhar os filhos para que tenham um sono tranquilo e quentinho, os pais não devem deixar mantas ou gorros próximos ao bebê para evitar que durante a madrugada não sufoque no caso de acordar ou rolar no berço.

4 – Vacinação em dia – Nesta época do ano, com poucas chuvas e o ar mais seco, crianças e bebês são alvos comuns de gripes e resfriados devido ao organismo dos pequenos ainda ter um sistema imunológico imaturo. Se seu filho apresentar quadro febril, espirros, tosse e coriza por mais de 3 dias, consulte o pediatra para melhor avaliação e indicação de medicamento. Importante: nunca medique o seu filho antes de consultar o médico! Além disso, é imprescindível manter a vacinação em dia desde o primeiro mês do recém-nascido e para maximizar o potencial protetor para a criança.

5 – Aquecedores e vaporizadores – Para os pais que optam em usar aquecedores no quarto do bebê, não há problema em usar vaporizadores ou aquecedores a óleo, que mantém o ambiente quente sem ressecá-lo. Mas, vale lembrar que não é para transformar o quarto da criança em um verdadeiro forninho porque a temperatura alta não fará bem e ao transportar a criança para outros ambientes da casa, menos aquecidos, irão causar grande choque para os pequenos.

6 – Manter o quarto arejado – Quando a criança estiver fora do quarto, pais e cuidadores devem abrir as janelas e deixar o ar circular no ambiente, livrando-o de possíveis agentes infecciosos que ali tenham se alojado. Na hora de dormir, tudo fechado novamente.

É importante também manter a limpeza do quarto diariamente. Mas atenção, observe as informações nos rótulos dos produtos utilizados, uma vez que alguns contêm em sua fórmula alguns componentes químicos que podem agredir a criança. Na dúvida, fale com o seu pediatra.

7 – Higiene das mãos – Lavar bem as mãos das crianças é uma medida eficaz para prevenir resfriados e outras viroses. Principalmente, para as crianças em idade escolar que ficam em ambientes fechados, o que contribui para a transmissão de doenças por via aérea e também por agentes transmissores que ficam nas superfícies. Como prevenção, a higienização das mãos deve ser feita ao chegar da rua, da escola, antes das refeições, após ir ao banheiro ou quando tossir e espirrar.

Sempre reforço aos pais nas consultas, que o hábito de lavar as mãos começa na infância e, se educadas corretamente, as crianças o manterão por toda vida.

Tópico importante e quase sempre esquecido quando falamos em cuidados com bebês e crianças, é a saúde dos pais e cuidadores. Parece óbvio, mas acompanhei alguns casos de pais que não tinham, por exemplo, o hábito de lavar as mãos antes de segurar o pequeno.

Então, fica o alerta, os adultos também devem manter hábitos saudáveis não somente para a proteção de si mesmos, mas também do bebê ou criança com quem convivem.

De modo geral, os cuidados no inverno nada mais são que a intensificação dos cuidados que devem ser comuns em qualquer e toda época do ano, sempre com atenção redobrada a higiene, alimentação adequada, vacinação das crianças e a visita constante ao pediatra.

]]>
0
Dia Mundial da Amamentação: Aleitamento Materno http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/2016/08/01/374/ http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/2016/08/01/374/#respond Mon, 01 Aug 2016 21:41:49 +0000 http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/?p=374 Hoje é comemorado o Dia Mundial da Amamentação, onde irei explicar porque algumas mães optam por não amamentar e outras passam pelo desmame precoce. De acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde), em associação com a UNICEF (Fundo das Nações Unidas para a Infância), o aleitamento materno é fundamental nos primeiros seis meses de vida das crianças. Nesta fase é necessário apenas o leite materno como alimento. Contudo, há algumas mães que não desejam amamentar, e outras não conseguem por falta de leite.

O que é recomendado em casos como estes e como nós pediatras devemos orientar as mães a lidarem com essas situações sem prejudicar a saúde dos bebês? Além de a amamentação proporcionar diversos benefícios para os bebês e para as mães, este é o alimento mais completo e equilibrado que existe no início da vida, e contribui para a boa formação do sistema imunológico de uma criança. Para as mães, por outro lado, é um modo de prevenção de doenças cardiovasculares e de alguns tipos de cânceres, e ainda colabora para uma perda de peso mais rápida.

O fato de algumas mães optarem por não amamentar ocorre por inúmeras razões, como não sentir vontade, medo de não fazer direito, dor, preservação dos seios, depressão pós-parto ou crença familiar, que é o que ocorre quando algum parente próximo relata uma má experiência ou julga o ato desnecessário e, desta forma, influencia a lactante.

Para a mulher, essa fase pode conter muitas dúvidas e inseguranças. Neste período, é importante o apoio do pai da criança e da família de ambos, que devem cercar a mãe de muito carinho, ajuda e incentivo para o aleitamento materno. Eu como pediatra tenho como função convencer as mamães, após o parto, que o leite materno é a forma mais natural, barata e nutritiva para oferecer ao seu bebê.

Caso a decisão de não amamentar já tenha sido tomada, nós profissionais devemos orientar a mãe de que forma poderá substituir o alimento, seja pelo leite industrializado ou fórmulas derivadas do mesmo, com retirada de nutrientes menos adequados ao bebê e introdução de substitutos de maior digestibilidade (absorção de nutrientes) e menos alergênicos.

O leite das ‘fórmulas’ ou mamadeiras, por ser o leite industrializado modificado, pode provocar entre outros quadros alergia à proteína do leite de origem animal (que não é a idêntica à do leita materno), provocando desde eczemas até quadros intensos de asma. Isto ocorre com mais frequência quanto mais cedo o bebê começa a ingerir o leite de mamadeiras. Por isso é preciso orientação correta e acompanhamento.

 

Desmame Precoce

Em paralelo a essa realidade, existem alguns problemas comuns que interrompem a amamentação contra a vontade da mãe, como a mastite (infecção das mamas), que leva ao desmame precoce devido à dor que provoca e ao risco de infecção ao bebê, e ainda quando os mamilos são mal formados, por falta da produção de leite, internações prolongadas da criança, volta da mãe ao trabalho ou depressão pós-parto.

Para os casos do desmame precoce, decorrente de algum problema com a mãe, existem vários estímulos para o leite não secar, como beber bastante líquido, manter uma alimentação saudável e fazer exercícios de massagem nos seios. Retirar o leite e insistir que o bebê pegue o peito também são estímulos, mesmo quando se tem apenas o colostro.

As mães devem respeitar os seis meses de amamentação indicados pela OMS, para proporcionar uma melhor saúde aos seus filhos. A Organização Mundial de Saúde preconiza o aleitamento materno do nascimento até o bebê completar seis meses. Depois deste período é possível oferecer outros alimentos, mas vale persistir no leite materno como única fonte de alimentação até o primeiro ano de idade. Em alguns casos, como em regiões mais pobres do planeta, a orientação é que o aleitamento materno seja estendido até os dois anos de idade.

 

Cartilha sobre amamentação e alimentação complementar

 shutterstock_166163945A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) disponibiliza em seu site uma cartilha sobre amamentação e alimentação saudáveis para os bebês, onde explica as vantagens, como amamentar e estimular uma maior produção de leite, como evitar o empedramento e como e quando deve ser feito o desmame, entre outras indicações importantes. Para ler na íntegra, acesse: http://bit.ly/2a5aY2f

 

 

]]>
0
Calendário de Vacinação 2016: entenda a mudança e como proceder http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/2016/02/04/calendario-de-vacinacao-2016-entenda-a-mudanca-e-como-proceder/ http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/2016/02/04/calendario-de-vacinacao-2016-entenda-a-mudanca-e-como-proceder/#respond Thu, 04 Feb 2016 15:01:25 +0000 http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/?p=275 O ano de 2016 começou com algumas mudanças no Calendário Nacional de Vacinação, divulgado no início de janeiro pelo Ministério da Saúde, que determinou alterações nas aplicações de vacinas de prevenção ao HPV, poliomielite, meningite e pneumonia. Segundo o Ministério da Saúde, as mudanças ocorreram por causa de alterações da situação epidemiológica e por atualização na indicação das vacinas, estas determinadas conforme a idade e a quantidade de doses.

Estudos comprovam a eficácia da imunização através das doses anteriores, em que as reduções de doses atuais não possuem nenhum fundamento científico publicado, tendo apenas o tempo a seu favor ou não, – para, assim, ser avaliada como influenciará na saúde destas crianças no futuro.

O Ministério da Saúde garante que a redução das doses não compromete a eficácia das vacinas e que as mesmas terão a mesma proteção. Também reitera que a medida não tem relação com o corte de gastos do governo para a área da saúde.

Dúvidas dos profissionais e dos pais

A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) garante que não há motivos para temer ao novo calendário de vacinação e que tudo foi feito após pesquisas científicas e que toda mudança se adequa a uma nova realidade.

Apesar das dúvidas em relação às novas medidas, apenas o tempo mostrará as consequências, sejam positivas ou negativas. Cabe aos pais tomarem a melhor decisão pensando na saúde de seus filhos: eles podem aderir às novas doses estabelecidas pelo Ministério da Saúde ou manter a vacinação praticada anteriormente em consultórios particulares e com médicos que ainda procedem desta maneira.

MBA - Vacina

 

HPV

Quanto à vacina HPV, há uma certa turbulência de opiniões quanto aos vários esquemas de aplicação. Minha opinião pessoal é que tais divergências somente serão dirimidas após alguns anos, quando se poderá avaliar se qual esquema é o ideal, através da diminuição dos casos de câncer de colo de útero em cada tipo de esquema estabelecido.

Poliomielite

Com a diminuição acentuada (quase extensão) da poliomielite em nosso planeta, passou-se a optar pelo uso da vacina contra poliomielite injetável (Salk), no lugar da oral (Sabin). Embora a vacina Sabin tenha mais eficiência que a Salk, a opção por esta última se deveu ao seu menor risco de complicações.

Pneumonia

Desde o surgimento desta vacina, alguns países, como o Brasil, optaram pelo sistema de 3 doses no primeiro ano de vida, com um reforço aos 18 meses. Outros países, entretanto, optaram por 2 aplicações no primeiro ano de vida, com um reforço aos 18 meses.

Após um grande período de avaliações, concluiu-se que ambos os sistemas de aplicações tem praticamente a mesma efetividade. Assim, o SUS decidiu por este esquema.

Meningite

A única alteração quanto ao esquema de aplicações foi a antecipação da dose de reforço de 15 para 12 meses.

]]>
0
Dor de barriga e febre: o que elas podem ser? http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/2015/09/18/dor-de-barriga-e-febre-o-que-elas-podem-ser/ http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/2015/09/18/dor-de-barriga-e-febre-o-que-elas-podem-ser/#respond Fri, 18 Sep 2015 18:03:09 +0000 http://blogdopediatra.blogosfera.uol.com.br/?p=251 crianca-doente-meu-pratinho-saudavel

Que um bebê e uma criança adoecem com mais facilidade isso todo pai e mãe sabem. Mas, o que é inegável, são as dúvidas e, às vezes, o desespero que afligem estes pais em como identificar uma possível doença no seu filho.

Para tentar diminuir estas aflições, reuni algumas dicas sobre os sintomas que as crianças dão, como um sinal, um aviso: ‘não estou bem’.

Além do choro, característico de que algo está errado, há outros sinais importantes que indicam que o pequeno pode estar doentinho: a febre e a dor de barriga.

É importante esclarecer que a dor de barriga é absolutamente inexpressiva em bebê e, principalmente, em crianças maiores. Ela pode advir de uma contração muscular (basta lembrar os movimentos bruscos, as cambalhotas e as posturas assumidas pelas crianças), excesso de gases, contrações abdominais por alimentos inadequados, além, é claro, daquelas dores que passam logo após um carinho da mãe (as de origem psicoafetivas).

No entanto existem aquelas dorzinhas que são características de alguma doença. Estas, geralmente, vêm acompanhadas de febre, e não melhoram facilmente com medidas caseiras, além de terem uma tendência a aumentar com o passar do tempo.

Em relação à febre, esta é uma defesa do organismo frente a algum fator agressor, que, ao perceber que está sendo invadido, seja por fungos, bactérias, vírus ou corpos estranhos, aumenta sua produção de leucócitos (ou glóbulos brancos – células do sangue especializadas na defesa contra invasões), dirigindo-se ao local da agressão e iniciando o processo inflamatório visando destruir o invasor. Durante esta etapa, ocorre a liberação de pirógenos responsáveis pelo aumento da temperatura do organismo, o que aumenta o poder de ação dos glóbulos brancos.

Se considerarmos que os vírus e bactérias, quando invadem o organismo, provocam febre antes da instalação da doença a ponto de ser perceptível para diagnóstico médico, a consulta precoce ao profissional não antecipa o início do tratamento. O pediatra (ou outro profissional da medicina) somente prescreverá algum tratamento quando tiver bons indícios ou até a certeza do que está acontecendo com a criança. Dependendo da doença, os sintomas podem aparecer de 1 a 7 dias e, muitas vezes, o diagnóstico é possível somente após exames laboratoriais.

Para amenizar a dor de barriga e, principalmente, a febre, muitos pais recorrem a remedinhos da farmacinha caseira. Mas, afinal, isso é aconselhável? Importante dizer que se o pediatra já prescreveu uma determinada medicação em outras ocasiões, a mesma pode ser utilizada até que o médico seja contatado e informado quando ocorrer um novo sintoma.

Para cessar a febre, por exemplo, o pediatra habitualmente deixa com os pais a prescrição com a dose correta para cada criança, com indicação de antitérmicos que podem ser utilizados quando apresentar febre.

Existe uma tabela que muito auxilia os pais quando precisam recorrer ao pediatra em casos febris:

parablog

Medicamentos podem provocar reações adversas, mesmo que não sejam ministrados em altas dosagens. Como alternativa, outra manobra que diminui a temperatura corporal é dar um banho morno, com temperatura aproximadamente 2ᴼ C abaixo da temperatura do corpo da criança naquele momento.

Contudo, vale frisar que qualquer medicação deve ser prescrita pelo pediatra. Ou outro médico, dependendo de cada caso.

 

 

]]>
0