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Blog do Pediatra

Férias: como garantir a segurança das crianças

Dr. Sylvio Renan

11/11/2014 10h15

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Estamos próximos do verão, no Brasil, e as férias escolares chegando. A criançada terá mais tempo em casa, para se divertir em parques, piscinas e na praia. Apesar de saudável, este 'gás' todo dos nossos pequenos precisa ser equilibrado e contar com os cuidados dos pais e cuidadores. Até porque, nesse período de verão e férias, aumentam os índices de acidentes com crianças. Pediatras e demais profissionais da saúde sabem muito bem disso. Além dos acidentes, também é preciso atenção com as doenças características desta época.

Visando contribuir para a tranquilidade dos pais nestas férias e ao longo do verão brasileiro, separei algumas dicas de segurança, sem tirar o espírito da boa diversão a todos.

Parques e brinquedos: Os pais devem prestar atenção às faixas etárias indicadas na entrada dos brinquedos. Alguns são voltados às crianças maiores, sendo vetada a entrada dos menorzinhos. Respeitem estes limites.

Supervisão por um adulto: Uma criança nunca deve ficar sozinha sem a supervisão de um adulto. Esta supervisão ajuda na prevenção de acidentes e evita que crianças se percam em locais públicos. Outra dica é colocar uma pulseira de identificação no seu filho, indicando nome do responsável e telefone. Assim, caso ela se perca, será mais fácil a localização de seus cuidadores.

Alimentação: Importante deixar a criança hidratada, oferecendo água a cada hora. Quanto às comidas, dê preferência às frutas, legumes e verduras. Evite frituras e peixes de locais desconhecidos.

Exame Médico: Antes de frequentar a piscina de um clube, é preciso fazer exame médico. Muitas doenças, como micoses, são mais fáceis de serem transmitidas nesses locais.

Boias: Crianças menores devem utilizar boias ou pequenos coletes, de preferência aquelas que vão aos braços, pois proporcionam mais segurança. Boias de cintura podem ajudar a criança virar, não cumprindo seu principal papel: a proteção. Na praia ou piscina, mesmo fora da água, é preciso manter o uso de boias e/ou coletes. A criançada corre e brinca muito e, de repente, estão de novo dentro d´água, muitas vezes sem que o adulto perceba.

Ralos das Piscinas: Os ralos têm o processo de sucção da água que, quando uma criança entra em contato, pode vir a ter seus cabelos ou partes do corpo presos, gerando acidentes graves, às vezes até fatais. O ideal é que as piscinas tenham dispositivos que evitem esta sucção, e os pais devem orientar e monitorar os pequenos para que não se aproximem destes ralos.

Exposição ao sol: O horário de exposição aos raios solares é de até às 10h e após às 17h.

Protetor solar: Ele deve ser aplicado a cada hora, sempre homogeneamente e é preciso esperar cerca de 10 minutos antes de entrar na água. Mas é preciso lembrar que, sob o sol muito intenso, nos horários de pico, o protetor não evita queimaduras. Lembre-se também que bebês com idades abaixo de 6 meses não podem usar protetores solares, devendo assim os cuidados ser mais intensos, evitando-se exposição ao sol.

Roupas: Roupas escuras absorvem muito calor. Priorize roupas leves e de cores claras.

Seguindo estas recomendações, a curtição será mais segura e sem sustos para seu baixinho e para sua família.

Sobre o autor

Dr. Sylvio Renan Monteiro de Barros é autor do livro "Seu bebê em perguntas e respostas - Do nascimento aos 12 meses" e do livro “Pediatria Hoje”|Formado pela Faculdade de Medicina do ABC. Especializações e títulos pela Unifesp/EPM, Sociedade Brasileira de Pediatria e General Pediatric Service da University of California - Los Angeles (Ucla). Atuou por quase 30 anos no Pronto Socorro Infantil Sabará e foi diretor técnico do Hospital São Leopoldo, cargo que deixou para se dedicar ao seu consultório, a MBA Pediatria, e à literatura médica para leigos.

Sobre o blog

O objetivo deste blog é fornecer informações básicas relacionadas à área da pediatria. São abordados, de forma didática, temas que permeiam o universo da saúde da criança, como primeiros cuidados, doenças mais comuns, vacinação e alimentação. Desta forma, não visa receitar qualquer conduta médica, mas sim proporcionar conhecimento para que os visitantes tenham mais autonomia na escolha de um pediatra para seus filhos.

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