Qual o peso ideal para cada fase do bebê?
É comum o ganho ou a perda de peso de bebês e crianças gerar dúvidas e ansiedade nos pais, o que é justificável, já que a rotina de alimentação nos primeiros anos de vida ainda está sendo aprendida e assimilada por todos.
A média do peso de nascimento do bebê é entre 2,6 e 4,0 kg, ocorrendo, no entanto, casos de peso maior ou menor que estes acima mencionados, depende muito do tamanho dos pais e das condições da gestação.
No consultório, costumo explicar aos pais que é esperada uma perda de aproximadamente 10% do peso de nascimento, devido à natural perda de água após o parto, como sua adaptação ao meio exterior.
Portanto, isso não significa qualquer distúrbio no metabolismo ou falha na amamentação, é apenas o organismo desinchando do ambiente cheio de fluído que recebia no útero da mamãe.
Importante os pais saberem que todas as fases e tipos de alimentos têm sua importância, partindo da amamentação, que começa com o primeiro leite -o chamado colostro, que apesar de ser em menor quantidade, é riquíssimo em anticorpos-, passando para o leite em maior demanda, que deve ser a base alimentar do pequeno até os seis meses de idade.
A partir do quarto mês pode ser iniciada a introdução de outros alimentos especialmente preparados para cada etapa do bebê, seja em quantidade e forma.
A média de ganho de peso do bebê é de aproximadamente 700 a 800 gramas/mês até o terceiro, quarto mês, onde começa a desacelerar para a média de 500 a 600 gramas no sexto mês de vida. Isso acontece porque no sexto mês o bebê já tem a estruturas dos órgãos em pleno funcionamento, o que significa maior absorção dos nutrientes.
Após 6 meses de vida do bebê, e a partir das orientações mensais apresentadas pelo pediatra, a criança deverá receber alimentos complementares ao leite materno.
Não raro recebo pais ansiosos por acharem que a criança está desnutrida por ser magrinha, julgando que não se alimenta o suficiente, na quantidade certa, e por isso pedem autorização para oferecer algum tipo de suplementação, fórmula, farinha, etc. Também ocorre o oposto, de pais felizes com as dobrinhas a mais dos pequenos, julgando que com elas o bebê está saudável.
Ainda que culturalmente bebês de pernas roliças e rostos rechonchudos sejam tidos como "saudáveis", é preciso vigiar não só o peso, mas o desenvolvimento da criança como um todo, e por isso é importante o acompanhamento com o pediatra para confirmar e atuar sobre a relação peso e altura, e na dúvida, solicitar exames que irão identificar deficiência ou excesso como por exemplo, com resultados que indiquem anemia ou glicemia, colesterol e triglicérides alterados.
Ainda é necessário saber que meninas e meninos se desenvolvem de forma diferente quanto ao peso e altura, bem como ainda podem surgir diferenças devido a genética, a hereditariedade dos pais, e por isso os casos devem ser avaliados individualmente pelo pediatra. Ou seja, cada criança é única e por isso comparar a evolução entre filhos de amigos e familiares pode gerar preocupação desnecessária. Converse sempre com seu pediatra e mantenha seu filho saudável em todos os aspectos!
Vale salientar que tanto alterações para mais, como alterações para menos, fora das médias consideradas comuns, podem predispor o bebê a doenças na vida adulta.
Por último, e apenas como referência, compartilho a tabela padrão de peso X altura da Sociedade Brasileira de Pediatria.
Até a próxima,
Dr. Sylvio Renan Monteiro de Barros
ID: {{comments.info.id}}
URL: {{comments.info.url}}
Ocorreu um erro ao carregar os comentários.
Por favor, tente novamente mais tarde.
{{comments.total}} Comentário
{{comments.total}} Comentários
Seja o primeiro a comentar
Essa discussão está encerrada
Não é possivel enviar novos comentários.
Essa área é exclusiva para você, assinante, ler e comentar.
Só assinantes do UOL podem comentar
Ainda não é assinante? Assine já.
Se você já é assinante do UOL, faça seu login.
O autor da mensagem, e não o UOL, é o responsável pelo comentário. Reserve um tempo para ler as Regras de Uso para comentários.