Vacinação contra a gripe: quanto antes imunizado, mais protegido o bebê
Já entramos no outono, época em que as temperaturas começam a cair e o os índices de crianças adoentadas, a subir. O período é marcado pelo tempo seco, pelo aumento da poluição atmosférica e por mudanças abruptas na temperatura. Esses fatores, associados aos ambientes que ficam mais fechados e menos arejados, contribuem para a disseminação de doenças como a gripe.
E esse cenário tende a intensificar. Agora é o momento ideal de imunizar as crianças, e não quando entrar o inverno, como muitos pensam. Ao mesmo tempo, não basta vaciná-las, é preciso imunizar pais, cuidadores e, principalmente, idosos – mais vulneráveis à doença. Enfim, adultos que convivem com nossas crianças.
A Campanha Nacional de Vacinação contra o Influenza H1N1 terá início no próximo dia 23 de abril, por meio do Ministério da Saúde, com o objetivo de diminuir o impacto da gripe em todo o país. De acordo com recente levantamento da Organização Mundial da Saúde (OMS), a gripe é uma doença extremamente séria e mata mais de 650 mil pessoas todos os anos.
O dia D da Campanha, no Brasil, está marcado para 12 de maio (sábado) e contempla a vacinação em escala de faixa etária e grupos de risco. Para quem está fora dos grupos ou deseja antecipar a imunização, já é possível encontrar a vacina na rede privada, ao custo que varia de R$100,00 a R$200,00.
Quem deve se imunizar
- Crianças de 6 meses a 5 anos;
- Gestantes;
- Mulheres que deram à luz nos últimos 45 dias;
- Idosos (a partir de 60 anos);
- Profissionais da saúde;
- Professores da rede pública e particular;
- População indígena;
- Portadores de doenças crônicas e demais doenças que comprometam a imunidade;
- Pessoas privadas de liberdade e funcionários do sistema prisional.
A vacina oferecida pelo SUS e na rede privada é a mesma em termos de constituição, mudando apenas a apresentação. Muitas pessoas não vacinam em função de acharem que ela é constituída do vírus, quando na verdade são utilizadas apenas partículas de vírus, suficientes para a imunização.
A vacina não oferece riscos, mas alguns casos devem ser observados, como destaco abaixo:
– Não vacinar pessoas com febre, apenas para evitar que possíveis reações normais da vacina se confundam com outros quadros de doenças já instalados;
– Não vacinar pessoas com alergia a ovo ou compostos com timerosal, conforme bula da medicação.
Lembro que a gripe é uma infecção respiratória altamente contagiosa. Bastante confundida com o resfriado, ela tem entre os seus sintomas febre elevada, mal estar geral, vômito e tosse seca. Atinge mais facilmente e de forma mais intensa as crianças menores de dois anos e os idosos. Desta forma, adultos que lidam com estes grupos de pessoas também devem ser imunizados, visando a proteção de toda a família.
Até a próxima,
Dr. Sylvio Renan Monteiro de Barros
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