Por que o movimento 'antivacina' não é benéfico?
Um caso nos Estados Unidos vem chamando a atenção de todo o mundo, após uma mãe descumprir a ordem judicial que ordenava a vacinação do filho de 9 anos de idade. A história repercutiu não só na mídia norte-americana, como no resto do mundo e mais uma vez trouxe questionamentos sobre os benefícios e consequências desta prática.
Leia a matéria completa sobre o caso Rebecca Bredow: https://goo.gl/adCL6h
Em mais de 30 anos de pediatria, nunca encontrei respaldo médico no movimento "antivacina", pois todas as pesquisas científicas e com base em testes contínuos, apontam as vacinas como o meio mais eficiente na produção de anticorpos para doenças letais na infância, adolescência e vida adulta.
No Brasil, a vacinação do calendário regular é definida pelo Ministério da Saúde e é obrigatória, por isso pais ou cuidadores que se opuserem a vacinar seus filhos, sem a demonstração de laudo médico com a contraindicação dessas vacinas, podem ser penalizados judicialmente por o cometerem infração contra a saúde pública.
Sempre lembro aos pais que a vacinação vai além de um gesto individual para prevenir doenças em seus filhos, sendo uma contribuição social para manter erradicadas as doenças que são fatais e altamente epidêmicas como a varíola e o sarampo.
A Organização Mundial da Saúde recomenda que a cobertura vacinal de um país seja de 95% da população, no entanto, a cobertura no Brasil diminuiu para 84% da população, nos últimos 12 anos. Situação está que põe em risco, principalmente, as crianças com organismo menos maduro para responder e sobreviver às infecções externas.
Aos pais e cuidadores que ainda tem dúvidas do que são feitas as vacinas e qual a finalidade, explico que são substâncias biológicas que contém patógenos, ou seja, agentes das doenças, vírus ou bactérias, em quantidades mínimas, que são depositados no organismo e fazem com que sejam produzidos anticorpos para a referida doença. No caso da criança ser infectada com algum desses patógenos, o organismo "se lembrará" da defesa que deve criar e assim proteger o corpo acometido.
Há ainda quem diga que o filho "ficou doente depois da vacina" e no consultório eu sempre alerto os pais de que é comum as crianças mais sensíveis esboçarem alguma reação após a injeção ou a gotinha, mas isso nada mais é que o organismo reagindo contra o patógeno que foi inserido.
Outro alerta recorrente em minhas consultas é que, mesmo no período da campanha de vacinação, se a criança estiver doente não deve ser vacinada. Pois, o sistema imunológico estará trabalhando para eliminar a doença e sobrecarregá-lo com mais agentes infecciosos, mesmo que minimamente, poderá agravar o primeiro quadro e assim gerar complicações.
A vacinação ainda é o método mais confiável, até hoje, para prevenir doenças letais e paralisantes do nascimento até a terceira idade; foi e ainda é largamente testado pela comunidade cientifica e já livrou o mundo de doenças cruéis como a poliomielite e fatais como sarampo e catapora.
Saiba mais sobre a vacinação em meu site: http://www.mbapediatria.com.br/vacinação
Abraços,
Dr. Sylvio Renan
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