Dia Mundial do Rim: crianças e as doenças renais
Neste mês de março é celebrado o Dia Mundial do Rim e aproveitando a data próxima – 12/03-, compartilho em nosso blog o artigo da nefro-pediatra Maria Cristina de Andrade sobre crianças e doenças renais: sintomas, diagnósticos, tratamentos e dicas.
Maria Cristina – crianças e adolescentes portadores da doença devem ser envolvidos em ações que forneçam cada vez mais informações sobre a doença, seus impactos sociais, educacionais, familiares e emocionais. O diagnóstico precoce é essencial para se evitarem medidas mais severas de tratamento, nessa faixa etária e no futuro. Inicialmente, alguns sinais da doença podem ser identificados, como atraso no crescimento, anorexia, vômitos, sede e alteração do padrão miccional, por exemplo.
Em casos avançados, os sinais mais evidentes são a baixa estatura, seguida de deformidades ósseas, anemia resistente ao tratamento com ferro, cefaleia e vômitos secundários a hipertensão arterial. Os exames de rotina são importantes, sobretudo quando não há sintomas aparentes.
Durante a gestação também é possível fazer o diagnóstico de comprometimento do trato urinário, pois nesses casos a ultrassonografia no pré-natal pode demonstrar alterações. Além da importância dos exames, o histórico familiar deve ser investigado para saber sobre antecedentes familiares.
A doença ocorre pelo mau funcionamento dos rins, que afeta o desenvolvimento físico, intelectual, emocional e social, principalmente nas crianças, além de causar morbidade em quase todos os órgãos do corpo humano. A sobrevida da criança com Doença Renal Crônica (DRC) tem aumentado nos últimos 20 anos, mas a mortalidade ainda é elevada, principalmente por desencadear doença cardiovascular, que representa de 40 a 50% dos casos de óbito. A DRC é definida pela presença de lesão e/ou pela perda da função renal, o que pode ser diagnosticada através da dosagem de creatinina sérica.
Os fatores de risco para mortalidade incluem tempo prolongado em diálise e hipertensão arterial. Dos adultos que tiveram DRC na infância, 50% apresentam hipertrofia ventricular esquerda e 30% têm sinais de doenças metabólicas – obesidade, dislipidemia e diabetes tipo 2. A hipertensão arterial, uma sequela comum, causa o espessamento das paredes do ventrículo esquerdo, a principal câmara do coração, que propulsiona o sangue em direção ao cérebro e ao restante do corpo.
O diagnóstico precoce é de extrema importância para reduzir a progressão da doença, assim como ter o histórico familiar para detecção de doença genética hereditária e evitar que outras doenças associadas sejam desenvolvidas, como as do coração, que são a causa de mortalidade mais comum em pacientes renais pediátricos. É importante também o exame de urina, que deve ser realizado rotineiramente durante a infância. Outros exames importantes também devem ser programados para identificação, monitorização e tratamento das disfunções.
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